24/04/2010

Entrevista com Inácio José do Vale, doutor em Ciência Social da Religião

Inácio José do Vale é especialista em Ciência Social da Religião, professor de História da Igreja, pesquisador de religiões e seitas e conferencista. Nesta entrevista ele fala sobre o satanismo e o perigo que representa para a comunidade cristã ao redor do mundo. Segundo ele, o satanismo esta muito atuante nos cismas e heresias no cristianismo, nas religiões em suas guerras e conflitos, nos movimentos de liberação sexual, na Nova Era, nas literaturas de auto-ajuda, na teologia da prosperidade, nos filmes de terror, esoterismo e violência, na internet com toda sorte de imoralidade e alguns jogos eletrônicos, no evolucionismo e ateísmo. Vamos à entrevista.


INPR Brasil – À que comunidade católica o senhor pertence?

José do Vale – Católica Apostólica Romana..

INPR Brasil – Quando começou o seu interesse pelo estudo das seitas, e em especial do satanismo?

José do Vale – Foi por causa da minha tese de doutorado em História da Igreja, quando descobri muitas seitas e por trás delas a ideologia satânica..

INPR Brasil – O senhor considera o satanismo um inimigo em potencial ao cristianismo?

José do Vale - Com certeza. Satanás ofereceu o mundo para Cristo (Mateus 4) e oferece tudo aos poderosos para acabar com o glorioso cristianismo. As três poderosas armas de Satanás são o dinheiro, o poder e o sexo..

INPR Brasil – Qual é a relação entre o satanismo e a Nova Era?

José do Vale - A Nova Era é uma modalidade das coisas antigas do Diabo para fazer o povo se perder no mundo do engano, do pecado e do consumismo de tudo, através do relativismo, hedonismo, narcisismo, materialismo e espiritualismo.

INPR Brasil – O que são as granjas humanas?

José do Vale – Segundo Robin Ruiter é o local onde seres humanos são sacrificados ao Diabo. Em seu livro “O Anticristo – Poder oculto por trás da Nova Ordem Mundial” o autor nos esclarece o porquê de tantas pessoas desaparecerem todos os dias no mundo. Leia o livro.

INPR Brasil – Como a Igreja Católica tratou a questão do satanismo durante a Inquisição?

José do Vale – Condenando no sentido teológico e excomungando pelas Leis Canônicas.

INPR Brasil – Em sua recente obra, O Símbolo Perdido, Dan Brown revela que a Casa Branca foi comandada durante toda a sua história por adeptos do ocultismo. O senhor concorda?

José do Vale – Dan Brown fala que os EUA têm na sua fundação o conceito deísta e a maçonaria. É só ver a nota de um dólar e o Capitólio. A primeira igreja de Satanás surgiu nos Estados Unidos. Em todo lugar tem gente a serviço do satanismo.

INPR Brasil – Que palavras o senhor diria a um adepto do satanismo?

José do Vale – Que procure o mais rápido possível o Senhor Jesus Cristo, a Bíblia e um diretor espiritual para ser seu ajudador.



Nota: Para adquirir o livro: “O Anticristo – Poder oculto por trás da Nova Ordem Mundial” ligue para 0800 – 7730 456.



Revisão de texto: Maria Suely Rodrigues







Entrevista com João Flávio Martinez, do CACP


João Flávio Martinez é pastor evangélico, professor de religião, graduado em História pela Faculdade Dom Bosco de Monte Aprazível - SP e presidente do Centro Apologético Cristão de Pesquisas - CACP




INPR Brasil - Exatamente em que ano teve inicio o seu ministério apologético?

Prof . João F. Martinez - Bem, desde minha conversão sempre tive um chamado para essa problemática de evangelizar os adeptos de seita. Na verdade, quem sai ao campo entende a necessidade de se estudar a Palavra e compreender os desvios sectários. O meu ministério como apologista iniciou-se oficialmente em 1998, a partir daí não parei mais.

INPR Brasil - Além do ministério apologético, existe outra aptidão ministerial?
.
Prof. João Flávio Martinez - Sou pastor... Amo as ovelhas do Senhor.

INPR Brasil - Como presidente do Cacp, o senhor dedica-se de forma integral ao ministério?
.
Prof. João Flávio Martinez - Hoje estamos meio a meio... Sou professor substituto, mas acabo me dedicando mais aos seminários e ao CACP. O tempo me é escasso sempre.

INPR Brasil- Quais contribuições à sua família tem dado ao seu ministério?
.
Prof. João Flávio Martinez - Total. Esse ministério tira todo o tempo da minha família. Acho que elas entendem.

INPR Brasil - Além de dificuldades financeiras, cite algumas dificuldades que um ministério pode passar.
.
Prof. João Flávio Martinez - A problemática judicial. Fica a cada dia mais difícil fazer apologia. Estão querendo calar a nossa boca. A Igreja da Pedra Angular, do Pastor Wilian Sotto Santiago quer uma indenização do CACP de 1 milhão de reais. Ele deve achar que somos do programa do Silvio Santos.

INPR Brasil - O Cacp já dispõe de uma escola de apologética?
.
Prof. João Flávio Martinez - A Igreja Batista do Rio de Janeiro formou uma escola apologética em parceria conosco. Inicia-se agora em Fevereiro de 2007.

INPR Brasil - Como anda sua agenda?
.
Prof. João Flávio Martinez - Lotada, muito lotada! Isso não é uma hipérbole, mas reflete a procura que o CACP tem tido, além da credibilidade.

INPR Brasil - Na sua opinião, a Igreja evangélica brasileira tem dado o devido valor ao ministério apologético?
.
Prof. João Flávio Martinez - Tem dado, digamos, um razoável valor. Não o valor necessários que precisaríamos. Veja, nós enfrentamos megaseitas, como: Adventistas, Mórmons, Testemunhas de Jeová, Moonismo, etc... e temos pouco respaldo da Igreja, principalmente financeiramente. Vivemos pelo fé em Deus, porque a Igreja, instituição, ajuda muito pouco mesmo. Pra falar a verdade, nunca nenhuma denominação deu uma oferta ao CACP.

INPR Brasil - Em uma de suas matérias escritas para a revista Defesa da Fé, intitulada “Um Exame Crítico e Histórico da Adoração Xiita”, o senhor disse que o Islamismo está passando por uma transformação semelhante ao do Catolicismo. Que leituras do mundo islâmico despertaram sua atenção para este fenômeno?
.
Prof. João Flávio Martinez - Referi-me a problemática envolvendo o sincretismo entre o animismo, paganismo e o islamismo. Os próprios teólogos islâmicos estão preocupados com isso. Por exemplo, no Irã o culto ao deus fogo é muito forte mesmo entre os xiitas.

INPR Brasil - Na comunidade unicista “Voz da Verdade não é seita”, veiculada no Orkut, é feita a acusação que os teólogos do Cacp não acreditam mais na distinção entre as pessoas do Pai, do Filho e do Espírito Santo, com base em uma matéria publicada pelo Cacp. Qual é a verdade.
.
Prof. João Flávio Martinez - Esse conjunto é uma lástima! Isso não procede, é só entrar no link: http://www.cacp.org.br/tjtrindadeDeus.htm . O CACP é uma instituição que defende a ortodoxia da Igreja. Jamais aceitaríamos o unicismo como verdade.

INPR Brasil - Uma pesquisa realizada pelo projeto Brasil 2010 e o Sepal, detectaram algo surpreendente: grande parte das pessoas que se dizem evangélicas raramente vão às igrejas. Será que estamos num processo acelerado de secularização? Será que o nominalismo, tão comum entre os cristãos protestantes da Europa ocidental e América do Norte, chegou até nós?
.
Prof. João Flávio Martinez - Como costuma dizer-me um amigo – “O maior problema é quando o doente acredita que está em perfeita saúde”. É isso que acontece no Brasil. Esse ano fui convidado a desenvolver uma homilia na reunião de Conselho de Pastores de minha cidade. Disse a eles que se preocupassem em ganhar suas igrejas, pois muitos crentes estavam perdidos dentro das Instituições. Disse a eles que não precisávamos do evangelho da Universal para levarmos Cristo as pessoas. Disse que o evangelho da Graça, que leva o homem ao céu precisava voltar aos púlpitos. Encerrei meu sermão explicitando a necessidade de deixarmos uma noiva pura para encontra-se com o seu noivo. Foi muito bom!

INPR Brasil - David K. Bernard, em seu livro “A Unicidade de Deus”, afirma que o teólogo neo-liberal, Karl Barth, teria sido um crente na unicidade. Existem evidências neste sentido?
.
Prof. João Flávio Martinez - Parece que Barth teve uma vida um tanto conturbada e contraditória. O que sei dele foi de pesquisas pela internet e de uma síntese de sua biografia feita na Enciclopédia Apologética do Dr. Norman Geisler. Lá é dito que Barth pensava o seguinte sobre Jesus: “Jesus é o verbo encarnado, é o último nível, que é idêntico à segunda pessoa da Trindade”. Então, concluo que na ótica de Norman Geisler ele não era unicista.

INPR Brasil - Atualmente existem mais de 345 igrejas satanistas nos Estados Unidos. Na sua opinião, existe alguma relação entre os recentes assassinatos em escolas públicas nos Estados Unidos e o satanismo?
.
Prof. João Flávio Martinez - Tudo é possível. O aumento da violência não precisa especificamente contar com um avivamento da Igreja de Satanás – ele acontecerá de todo jeito.

INPR Brasil - Que o Catolicismo está perdendo campo no Brasil, ninguém dúvida. Com que olhos o senhor vê a recente nomeação do cardeal de São Paulo, Dom Cláudio Umes? Seria essa mais uma tentativa de neutralizar o crescimento dos evangélicos no Brasil?
.
Prof. João Flávio Martinez - A Igreja Católica Romana esta esperneando. Até um santo brasileiro nós vamos ter: Frei Galvão, sim um santo só pra nós, não é lindo!

INPR Brasil - Comente sobre a importância da apologética para os diais atuais.
.
Prof. João Flávio Martinez - É indiscutível o fato da apologética se tornar cada vez mais necessária para a proclamação da Palavra de Deus. Apologética não consiste apenas em defender a fé cristã, mas também em anunciá-la ou servir como um instrumento indispensável para esta anunciação. A apologética sem o evangelismo é praticamente vã e o evangelismo sem a apologética se torna cada vez mais ineficaz.

INPR Brasil - O que é necessário para ser um apologista?
.
Prof. João Flávio Martinez -Ter pleno conhecimento dos pontos ortodoxos da cristandade e ser um exímio conhecedor dos movimentos sectários, além de amor e dedicação. É possível termos um teólogo que não saiba nada de seitas, mas a recíproca nunca será verdadeira, ou seja, todo apologista será um teólogo aplicado!

INPR Brasil - O que o senhor espera para o ano de 2007?
.
Prof. João Flávio Martinez - Em uma de nossas reuniões foi colocado que o nosso principal objetivo é o lançamento da Série Desvendando que terá pelo menos 12 títulos. O primeiro, já foi lançado – “Céu e Inferno: Para Onde Vão os que Morrem?”. O segundo, já está no prelo – “A Febre dos Anjos”.







Entrevista com Pedro Silva, autor de Os Templários no Brasil



Pedro Silva nasceu em 1977, em Tomar, Portugal. É autor de vários livros sobre sociedades secretas, dentre eles “História e Mistérios dos Templários”. Nesta entrevista ele fala sobre os Templários e outros assuntos relacionados ao tema.







INPR Brasil - Qual é a sua confissão de fé?

Pedro Silva - Sou católico. Desde o primeiro momento, aprendi a importância de um diálogo fraterno entre todas as religiões. Importante é, igualmente, conhecermos um pouco dos ensinamentos de cada religião, o que em nada invalida a nossa própria fé.

INPR Brasil - O que o senhor pensa sobre Jesus?

Pedro Silva - Para mim, quer no que diz respeito à minha fé, mas igualmente no campo dos meus estudos ensaísticos, Jesus Cristo é fundamental. Para além da sua importância no campo religioso, Jesus é, sem sombra de dúvida, a personalidade mais fascinante em termos históricos.

INPR Brasil - Quando começou o seu interesse pelos templários e por quê?

Pedro Silva - O meu interesse pelos Templários surgiu por volta de 1996. A razão é muito simples: tendo nascido, e sido criado, na cidade templária portuguesa de Tomar era inevitável que, mais cedo ou mais tarde, a Ordem do Templo figurasse no topo da lista dos temas históricos a investigar, o que efetivamente veio a suceder.

INPR Brasil – Além de “Os Templários e o Brasil”, cite outras obras de sua autoria.

Pedro Silva - Entre dezenas de livros publicados destacam-se as publicações abaixo:

“História e Mistérios dos Templários” 2ª Edição Esgotada (Ediouro, Brasil, 2001) Ensaio-“Templários em Portugal (a verdadeira história)” (Ícone Editora, Brasil, 2005) Ensaio-“Mistérios da Humanidade” (Via Occidentalis, Portugal, 2006) Ensaio-“Os GrandesMistérios da Humanidade” (Axcel Books, Brasil, 2006) Ensaio-“O Código da Maçonaria” (Universo dos Livros, Brasil, 2007) Ensaio-“História Mística doBrasil” (Centauro Editora, Brasil, 2007) Ensaio-“O dia em que a Corte Portuguesa chegou ao Brasil” (Pulso Editorial, Brasil, 2007) Ensaio-“As Maiores Personalidades da História” (Universo dos Livros, Brasil, 2007) Primeiro Volume da Colecção “História Extraordinária do Mundo” / Ensaio-“Templários (História Integral)” (Letras e Magia, Brasil, 2007) Ensaio-“As Maiores Civilizações da História” (Universo dos Livros, Brasil, 2008 ) Segundo Volume da Colecção “História Extraordinária do Mundo” / Ensaio-“Os Mais belos lugares para se conhecer (antes que eles acabem)” (Universo dos Livros, Brasil, 2008 ) Ensaio- “Grandes Enigmas do Passado (Desvendando o Inexplicável)” (Pulso Editorial, Brasil, 2008 ) Ensaio

INPR Brasil - Com a perseguição movida pela Igreja, os templários deixaram de existir?

Pedro Silva - Na minha opinião, os Templários, enquanto instituição oficial criada em Jerusalém, deixaram de existir no início do século XIV.

INPR Brasil - Qual é a relação entre os templários e a Ordem de Cristo de Portugal?

Pedro Silva - Pese embora, como afirmei na questão anterior, os Templários tenham deixado de existir sob o manto de Ordem do Templo, parece-me crível - até porque muitos dos antigos templários portugueses nela ingressaram - que a Ordem de Cristo tenha aproveitado os seus ensinamentos e, de certo modo, sido uma renovação/continuação daquilo que os Templários haviam concretizado durante os anos de sua existência.

INPR Brasil - As acusações usadas pela Igreja para perseguir os templários, como adoração a Baphomet, orgias sexuais e blasfêmia a cruz de Cristo, possuem fundamento histórico?

Pedro Silva - Trata-se de uma questão tremendamente complexa, pois caso houve - como em todas as instituições, tal como referem os historiadores do tema - de práticas homossexuais, ainda que não generalizadas. Outros investigadores afirmam ainda que o ato blasfemo de "cuspir na Cruz" poderia ser parte de um elaborado ritual de iniciação. Seja como for, a adoração a Baphomet parece, até aos dias de hoje, difícil, se não mesmo impossível, de confirmar, sobretudo se encararmos esta figura como diabólica, tal como sugerido pelos acusadores do Templo. Obviamente, alguns erros terão sido cometidos pelos cavaleiros do Templo. Porém, as acusações que lhes foram imputadas acabaram por ser abatida ao longo dos séculos pelo estudo afincado de um largo número de investigadores.

INPR Brasil - Na sua pesquisa sobre os templários, o senhor encontrou alguma evidência que prove que eles estiveram no Brasil?

Pedro Silva - A História vive, essencialmente, do documento escrito. E, mesmo sabendo que a adulteração desse tipo de documentação, pode ser uma realidade, trata-se, a par dos monumentos, um elemento crucial para as conclusões ensaísticas. Daí, e, sobretudo porque até ao momento não tivemos acesso a um documento que confirmasse tal fato, toda e qualquer teoria não passa de pura probabilidade.

INPR Brasil - Mesmo supondo que os templários não estiveram no Brasil, que dizer da cruz templária nas caravelas de Portugal e os diversos símbolos encontrados por todo o país?

Pedro Silva - A presença da cruz nas caravelas portuguesas, a qual seria conhecida por "Cruz de Cristo" parece-nos, na realidade, uma aproximação evidente que a Ordem de Cristo pretendeu efetuar relativamente aos cavaleiros Templários. Esse tem sido um símbolo usado para confirmar esse elo, a nosso ver indiscutível, entre as duas instituições militar-religiosas.

INPR Brasil - Nos Dossiês Secretos, o Priorado de Sião se diz uma organização co-irmã dos templários. Existe alguma evidência neste sentido?

Pedro Silva - Até ao momento, nos vários anos que tenho empregue a estudar estas temáticas, não encontrei qualquer evidência que possa aproximar o Priorado de Sião à Ordem dos Cavaleiros do Templo.

INPR Brasil - Por muito tempo acreditou-se que a Ordem dos Pobres Cavaleiros de Cristo surgiu com o objetivo de proteger os peregrinos que visitavam Jerusalém; entretanto, para alguns autores o seu objetivo seria na verdade outro: proteger documentos secretos descobertos por eles mesmos. Qual é a verdade?

Pedro Silva - Tal como tudo aquilo que diz respeito aos Templários, as teorias são imensas, mas as respostas concretas são, na verdade, escassas. Se nos basearmos na história dita oficial, naturalmente que os Templários surgem com a missão de proteger os peregrinos na rota religiosa que os levava da Europa a Terra Santa. Porém, o chamado "outro lado da história" costuma contar sempre uma versão diferente. No caso em concreto, é provável que os cavaleiros do Templo tivessem, a par da visão cavalheiresca de proteção dos indefesos, a ideia de procurar relíquias religiosas ou documentos ancestrais.

INPR Brasil - Qual era o seu objetivo ao escrever “Os Templários e o Brasil”?

Pedro Silva - Acima de tudo, a obra que cita, surge com o intuito de explicar aos leitores brasileiros as múltiplas proximidades que existiram entre a Ordem de Cristo e, consequentemente, dos Templários (a acreditar nessa ligação intrínseca entre ambas as ordens) e a descoberta dessa grande nação brasileira que tanto estimo.

INPR Brasil - Qual é a origem da cruz templária e o que ela significa?

Pedro Silva - A cruz dita templária, na realidade, é de origem anterior, no caso trata-se da cruz pátea, cujo reconhecimento oficial surge em 608, no Sínodo de Constantinopla, portanto muito anterior ao surgimento da Ordem. De forma sucinta, o seu significado será resultado de uma combinação de elementos, construídos com o vértice de cinco círculos (ou circunferências) sobrepostos, tendo como principal foco quatro pontos de apoio em estreita ligação com o centro, ou "umbigo do mundo" - o ar, a terra, o fogo e a água.

INPR Brasil - O senhor concorda com a descrição que Dan Brown (autor de O Código Da Vinci) faz do Santo Graal?

Pedro Silva - A proposta do autor Dan Brown é uma teoria, a que poderíamos juntar várias outras de igual rigor. Seja qual for à resposta, estou em crer que, até ao momento, ninguém poderá declarar, com toda a certeza, que sabe o verdadeiro significado do Santo Graal.

INPR Brasil - Qual é a sua opinião sobre os manuscritos de Nag Hámmadi?

Pedro Silva - Sobre a obra "O Código Da Vinci" e os manuscritos de Nag Hámmadi, tive ocasião de discorrer em uma ou duas ocasiões. Acima de tudo, creio que estes manuscritos são peça fundamental no estudo histórico do período em questão e, como tal, a sua descoberta foi altamente relevante para um melhor conhecimento de questões que, sobretudo pela distância temporal, continuam em aberto.

INPR Brasil - Com base em uma passagem duvidosa do “Evangelho de Filipe”, alguns autores têm proposto a ideia de que Jesus era casado com Maria Madalena. O senhor concorda com tal interpretação?

Pedro Silva - Na minha qualidade de ensaísta tenho sempre larga preocupação com os documentos e uma análise isenta dos assuntos; devo afirmar que não existem provas que corroborem tal teoria.

INPR Brasil - Uma última palavra aos leitores do Brasil e América Latina

Pedro Silva - Para terminar esta entrevista, gostaria, então, de agradecer a todos os leitores sul-americanos, sobretudo os brasileiros, que, ao longo dos últimos oito anos, têm acompanhado as minhas obras com grande interesse, interagindo, também, com a minha pessoa, enviando os seus comentários, após leitura dos meus livros ou crônicas dispersas, assim como sugerindo ou criticando, sempre com grande simpatia e educação. Espero que o futuro possa continuar a proporcionar-nos motivos literários de intercâmbio.








Entrevista com Roberto Massaru, consultor em Feng Shui



Roberto Massaru Watanabe é Engenheiro, membro do Rotary Club e consultor em Feng Shui. Nesta entrevista ele fala sobre a origem e função do Feng Shui e o Ba Guá.









INPR Brasil - O que é o Feng Shui?

Roberto Massaru - O Feng Shui é uma técnica milenar que serve para indicar, em cada ambiente fechado, a localização das energias

INPR Brasil - Quando ele surgiu?

Roberto Massaru - O Feng Shui deriva do I CHING e se tem notícias de que se praticava há mais de 4.000 anos na China.

INPR Brasil - Qual é a função de um consultor em Feng Shui?

Roberto Massaru - Ele deve indicar em cada ambiente fechado (sala, cozinha, dormitório, escritório, sala de aula, fábrica, etc.) a localização das energias que afetam o nosso metabolismo. Assim, atividades que requerem "atenção" serão melhor realizadas em determinada posição, atividades que requerem "criatividade" em outra, "carisma" em outra, e assim por diante

INPR Brasil - Como ele esta organizado no Brasil?

Roberto Massaru - Não conheço nenhuma organização formal no Brasil. Existem muitas pessoas que individualmente divulgam essa técnica e também prestam consultas domiciliares.

INPR Brasil - Como os cristãos têm se comportado diante desta novidade?

Roberto Massaru - Não tenho encontrado restrições por parte de cristãos ou de outras religiões. O Feng Shui é uma técnica e não uma crença.

INPR Brasil - Qual é a importância do Feng Shui para a cultura chinesa?

Roberto Massaru - Na China, embora seja constituída de muitas etnias, o Feng Shui é praticado pelos mandarins e todas as ações do dia a dia, seja de curto prazo ou de longo prazo são realizadas com consulta prévia ao Feng Shui.

INPR Brasil - O que é o Tai Chi Chuan?

Roberto Massaru - Tai Chi Chuan é uma técnica de harmonização das energias do nosso corpo considerando a disponibilidade das energias nos ambientes abertos com base no I CHING. Como é aplicação direta do I CHING, o Tai Chi deve ser praticado em ambiente aberto usando o Bá Guá do I CHING, diferentemente do Feng Shui que é sempre praticado em ambiente fechado e usando os oito Bá Guas do Feng Shui.

INPR Brasil - Existe alguma relação entre o Tai Chi Chuan e o Feng Shui?

Roberto Massaru - Sim. Ambas são técnicas de conhecimento das energias do meio ambiente que derivam do I CHING.

INPR Brasil - Como você explica o crescente interesse dos brasileiros pela cultura e religião oriental?

Roberto Massaru - Durante muitos anos a cultura oriental era tida como uma coisa arcaica e pouco a pouco os ocidentais estão descobrindo que nem tudo é crença e muitas coisas possuem um lastro científico.

INPR Brasil - O Feng Shui é uma prática religiosa?

Roberto Massaru - Não. O Feng Shui é uma técnica científica.

INPR Brasil - O que você pensa sobre a Nova Era?

Roberto Massaru - Não conheço a Nova Era.

INPR Brasil - Você se considera uma pessoa religiosa?

Roberto Massaru - Sim. Sou católico praticante, tenho um tio que é padre católico.

INPR Brasil - Qual é a sua relação com o Rotary Club?

Roberto Massaru - Sou sócio honorário do Rotary Club Artur de Alvim de São Paulo e também do Rotary Club de Mogi das Cruzes (Norte).

INPR Brasil - Qual é a importância do símbolo taioísta do Yin e Yang na pratica do Feng Shui?

Roberto Massaru - O símbolo não é taoista, mas sim do I CHING e apenas indica que o equilíbrio se obtem quando juntamos os opostos de uma mesma energia, que toda energia sempre tem dois opostos representados pelo YIN e YANG e que dentro do YIN encontramos o YANG e vice-versa. Então, a claridade é o oposto da escuridão da mesma energia luminosa. Devemos tomar o cuidado de não fazer afirmações que não tem embasamento no I CHING como muitos falam que o YIN é mulher e o YANG o homem, pois homem e mulher são seres e energia.

INPR Brasil - A Escola do Chapéu Negro seria uma versão oculta do Feng Shui?

Roberto Massaru - Não. A Escola do Chapéu Negro não é Feng Shui, mas sim uma coisa inventada pelos norteamericanos do China Town, assim como o Frango Xadrex, o Arroz Chopsuei que não existe em nenhum lugar da China.

INPR Brasil - Qual é a importância do Ba guá na decoração de ambientes?

Roberto Massaru - Muitos veem no Ba Guá uma peça de decoração. Entretanto, devemos aprender que os Bá Guás do Feng Shui, pois são oito, servem para indicar, nos ambientes fechados, a localização exata das oito energias mais significativas dentre as 384 estudadas pelo Feng Shui através da bússola Luo Pan.Olhando o Bá Guá do local, a gente fica sabendo a posição mais auspiciosa para determinados tipos de tarefas como "ter uma conversa séria sobre trabalho" ou "o local mais auspicioso para estudar historio" ou "para estudar matemática" ou para "dormir um sono preparatório para uma entrevista de emprego" e assim por diante.

INPR Brasil - Uma última palavra aos internautas.

Roberto Massaru - Devemos tomar o cuidado de perceber que existem energias que afetam o metabolismo do nosso corpo, mas que a gente não vê e nem sente e por isso mesmo a gente não leva em consideração. Uma das energias mais fortes e que atua de forma contínua é a Energia do Campo Magnético Terrestre. Uma bússola serve para mostrar ao leigo que essa energia existe e que sua ação é instantânea e contínua - nunca cessa. Essa energia atua diretamente sobre a circulação sanguínea. A parte que cuida da energia no sangue é constituída por partículas de ferro (o mesmo material dos imãs) chamadas de hemácias e da mesma forma que a agulha da bússola fica ao sabor da Energia do Campo Magnético Terrestre, o sangue também circula pelo nosso corpo ao sabor dessa energia. Então é evidente que a circulação de sangue no teu cérebro vai depender da direção em que está voltado o teu cérebro.

Se você esta estudando um determinado assunto com a cabeça voltada para o norte você terá determinado entendimento sobre aquele assunto e caso você estudasse esse mesmo assunto com a cabeça voltada para o lesto você terá um entendimento um pouco (ou bastante?) diferente do que teve na outra situação. As aves migratórias possuem pequenos imãs dentro do cérebro e é dessa forma que elas conseguem se posicionar mesmo naquelas jornadas de mais de 10.000 quilômetros ao longo da rota migratória.

Outra energia que circula nos ambientes é a energia do Redemoinho. Em qualquer lugar da face da Terra, pode-se visualizar a ação da Energia do Redemoinho, bastando tirar a rolha de uma pia, tanque ou banheira cheia de água. No hemisfério norte o redemoinho gira no sentido anti-horário e aqui, no sul, no sentido horário. Essa energia afeta nosso equilíbrio não só físico como mental. Você pode sentir que o nosso cérebro é sensível à energia que gira bastando dar uns 5 giros você vai perceber que você perde a noção de equilíbrio..Não deixe de navegar no site www.ebanataw.com.br/fengshui.


Abraços,

Roberto Massaru Watanabe




Entrevista com F. Fernandes, autor de Em Busca da Vera Cruz



F. Fernandes é Engenheiro Mecânico, especialista em Cavaleiros Templários e autor de Em Busca da Vera Cruz. Nesta entrevista o autor fala sobre o livro e assuntos relacionados às cruzadas católicas.








INPR Brasil - Você é católico?

F. Fernandes - Tecnicamente sim, pois fui batizado na Igreja Católica Apostólica Romana, mas não sou praticante.

INPR Brasil - Qual é o seu escritor preferido?

F. Fernandes - Não tenho um autor preferido, mas os autores que me inspiram são Umberto Eco, Ken Follet, Bernard Cornwell e Agatha Christie.

INPR Brasil - Como você se define?

F. Fernandes - Costumo dizer que sou um Engenheiro muito Humano. Sou formado em Engenharia Mecânica, mas sempre fui louco por história e por leitura. Acho que essas características contribuíram muito para que eu chegasse a escrever o livro Em Busca da Vera Cruz, a saga de um templário.

INPR Brasil - Quando começou o seu interesse pelos Templários?

F. Fernandes - Para ser preciso, foi em 1999. Naquela época eu era sócio do Círculo do Livro e certo dia eu vi que eles estavam vendendo o livro Templários: Os cavaleiros de Deus, de Edward Burman. Comprei e me encantei com a história desses cavaleiros e o mistério que sempre envolveu sua história. Daí então eu fui me embrenhando cada vez mais nos livros ligados aos Templários.

INPR Brasil - Do que trata o livro Em Busca da Vera Cruz?

F. Fernandes - É um romance que se passa em meio a Terceira Cruzada. A Terceira Cruzada acontece historicamente logo após a perda de Jerusalém para o sultão Saladino. Eu tenho como mote do romance a recuperação da Vera Cruz tomada pelos sarracenos na batalha de Hattin, fato também histórico. Todavia, eu aproveitei este mote para romancear uma aventura onde Elísio, um cavaleiro templário, juntamente com dois companheiros se aventuram pelos desertos da Palestina para recuperar a cruz para a cristandade. Neste ínterim acontecem muitas aventuras, inclusive o romance proibido de um templário com uma sarracena.

INPR Brasil - Quanto tempo você levou para escrever o livro?

F. Fernandes - Acho que comecei a escrever este livro há quase dez anos, desde o momento em que tomei contato com a história dos templários, mas resolvi começar o meu projeto de livro há cerca de três anos. Vamos considerar então que para escrever, pesquisar e lançar o livro foram três anos.

INPR Brasil - Você pretende escrever um novo livro sobre o assunto?

F. Fernandes - Certamente. Tenho uma ideia de fazer a continuação do livro Em Busca da Vera Cruz, a saga de um templário, mas quero primeiro ver os frutos desse projeto antes de continuar outro.

INPR Brasil - Como escritor e pesquisador de religiões, como você avalia a nova obra de Dan Brown, O Símbolo Perdido?

F. Fernandes - Li todos os livros de Dan Brown, mas ainda não tive a oportunidade de ler O Símbolo Perdido.

INPR Brasil - Alguns escritores se dizem insatisfeitos com sua capacidade literária, isso acontece com você?

F. Fernandes - Não sei se entendi bem a pergunta, mas vamos lá: No meu caso eu me considero satisfeito com a minha capacidade literária visto que eu não fui treinado para escrever. Não fiz nenhum curso ligado à literatura ou letras e sim me formei como Engenheiro. Acho que fui bastante autodidata e penso que o resultado final do livro me surpreendeu. Obviamente preciso melhorar muito, estudar cada vez mais a nossa língua que é tão rica e ao mesmo tempo complicada e observar mais a forma de escrever dos escritores mais reconhecidos.

INPR Brasil - Qual é a sua avaliação do mercado editorial brasileiro? O escritor nacional continua depreciado?

F. Fernandes - Não sei se o escritor nacional é depreciado. O que entendo é que o mercado editorial é muito competitivo e, com raríssimas exceções, as editoras buscam sempre editar os grandes medalhões do mercado, tanto nacional quanto internacional. Entendo os riscos que uma editora tem ao assumir o lançamento de um livro. Para um escritor que estiver iniciando sua carreira e quiser ver logo o seu livro no prelo a melhor opção são as editoras sob encomenda. O mais complicado desse processo é o marketing que fica sob a responsabilidade do autor. E aí é onde se faz a diferença. Quem conseguir aparecer na mídia tem uma maior chance de sucesso.

INPR Brasil - O que foram as Cruzadas?

F. Fernandes - A definição mais simples e direta que encontrei para as Cruzadas foi no site www.discoverynaescola.com. Lá as Cruzadas são definidas da seguinte forma:Campanhas militares que tiveram lugar entre os séculos XI e XIII contra os muçulmanos para a reconquista da Terra Santa? Em teoria, as Cruzadas foram instituídas para recuperar o Santo Sepulcro que estava nas mãos dos islâmicos que profanavam o lugar sagrado onde viveu Jesus. Na prática foi um movimento de fundo econômico-social. O sistema feudal na Europa estava em colapso e havia uma necessidade urgente de expansão das terras, que eram limitadas devido ao feudalismo. Assim os descendentes dos senhores feudais viram uma ótima oportunidade com a conquista do Oriente Médio, posto que, por acordo, os cruzados poderiam tomar posse das riquezas daqueles que eles combatiam. Como eu escrevi em meu site www.embuscadaveracruz.com.br, as cruzadas foram menos românticas do que vemos nos filmes. Relatos informam que após a conquista de Jerusalém pelos Cruzados, em alguns pontos da cidade a quantidade de sangue nas ruas chegava até os tornozelos.Segundo a tradição são consideradas nove Cruzadas sendo a primeira em 1096 e a última em 1272.

INPR Brasil - Qual foi a importância da Terceira Cruzada na composição de seu livro?

F. Fernandes - Foi fundamental. A Terceira Cruzada, ou Cruzada dos Reis, foi liderada pelos reis da Inglaterra Ricardo Coração-de-Leão (o mesmo das histórias de Robin Hood), pelo rei da França Felipe Augusto e pelo imperador do Império Romano-Germânico Frederico Barba Ruiva. Esta cruzada foi organizada após a perda de Jerusalém para o sultão Saladino. Ele conseguira fazer o que muitos líderes islâmicos não haviam conseguido e reuniu um exército muito poderoso. Quase todas as cidades que estavam há mais de oitenta anos nas mãos dos cristãos (desde a conquista de Jerusalém em 1099 quando fora instituído o Reino Latino de Jerusalém) foram conquistadas. Nesse processo de conquista das cidades cristãs houve uma batalha decisiva para as pretensões dos cristãos: a batalha de Hattin. Depois de cometerem muitos erros os cristãos foram derrotados pelas tropas sarracenas e a Vera Cruz, que sempre liderava os exércitos cristãos nas batalhas (eles nunca tinham perdido uma batalha quando tinham na sua frente a Vera Cruz) forma capturada por Saladino. Esta é a deixa para o meu livro, que a partir de fatos reais foi romanceado.

INPR Brasil - Você acredita que os templários estiveram no Brasil?

F. Fernandes - Esta resposta você pode encontrar em meu livro. Não vou estragar a surpresa, não é?

INPR Brasil - Como você define o escritor português Pedro Silva?

F. Fernandes - Pedro Silva influenciou muito na formação de minha obra. Sempre quis escrever um personagem de origem lusitana para formar o meu personagem principal, mas a literatura sobre os Templários em Portugal é muito escassa. Depois de bastante pesquisar encontrei o livro Templários em Portugal: a verdadeira história, onde pude seguir passo a passo os caminhos dos Cavaleiros do Templo na terra de Camões. Pedro Silva é bastante direto e assertivo e como um bom historiador, passa as informações tecnicamente e sem deixar levar-se por paixões o ideias pré-concebidas.

INPR Brasil - Faça um resumo do livro Em Busca da Vera Cruz.

F. Fernandes - A Terceira Cruzada esta em pleno curso. A cidade de Acre acaba de ser conquistada pelas tropas de Ricardo Coração-de-Leão, rei da Inglaterra e de Felipe Augusto, rei da França. O rei da Inglaterra tenta negociar um acordo com Saladino, sultão da Palestina, promovendo a troca dos prisioneiros sarracenos pela Vera Cruz, relíquia que contém pedaços de madeira da cruz onde Jesus Cristo foi crucificado. O acordo é quebrado e o rei Ricardo manda decapitar todos os seus prisioneiros. Em represália, Saladino manda esconder a Vera Cruz. Em meio a esta disputa entra em cena o cavaleiro Templário Elísio de Lamego que com seus companheiros, o sargento Templário Edward de York e o sarraceno da seita dos Assassinos Yusuf ibn Rashid, é designado para recuperar a sagrada relíquia cristã..Em sua jornada para a recuperação da relíquia, Elísio conhece a aventura, a traição, a disputa com a Ordem dos Hospitalários além de se apaixonar por uma sarracena e toda a missão poderá vir água abaixo.